Ecos da liberdade

Ecos da Liberdade chega ao XIII Seminário da Diversidade em Pinhais com arte, ancestralidade e consciência negra

No dia 30 de maio, a força da memória e da representatividade negra ganha forma e cor nas paredes do Cenforpe, em Pinhais-PR, durante o XIII Seminário Municipal da Diversidade, Cultura Afro-Brasileira e Capoeira.
O presidente da Associação dos Rimadores, Samuel da Costa, foi convidado para apresentar a exposição “Ecos da Liberdade” — uma coleção impactante de pinturas de grandes personalidades negras que transformaram o mundo e que hoje seguem vivas em nossa memória e luta.

Retratar para lembrar: arte como ferramenta de memória coletiva

A coleção “Ecos da Liberdade” é uma homenagem visual a homens e mulheres negros e negras que marcaram a história da humanidade em áreas como a cultura, a ciência, a luta social, a espiritualidade e os direitos humanos. Todos os retratados já faleceram, mas deixaram um legado eterno — e é esse legado que a exposição busca reativar, especialmente dentro de espaços educacionais e formativos.

“É mais do que uma mostra de arte — é um ritual de lembrança e valorização”, explica Samuel da Costa, artista, educador e curador da exposição. “A ausência física dessas figuras contrasta com a presença simbólica que elas ainda exercem em nossas lutas, nossos sonhos, nossas conquistas. A cada pincelada, a gente afirma: nós não esquecemos. Nós seguimos.”

Arte preta em espaço de formação

O seminário é organizado pelo setor de Prática Pedagógica de Pinhais, com apoio da UTFPR, do grupo Capoeira Brasil e da Prefeitura de Pinhais, e busca aprofundar o debate sobre a Lei 10.639/03 e os caminhos para uma educação mais justa, plural e antirracista.

Ao integrar a programação com a exposição “Ecos da Liberdade”, o evento reafirma seu compromisso em abrir espaço para expressões da cultura negra que dialogam diretamente com a formação cidadã — e com o cotidiano da escola pública.

“Muita gente aprende o nome dos grandes cientistas brancos, mas nunca ouviu falar de Zumbi, Nina Simone ou Abdias do Nascimento. Com essa coleção, queremos mudar isso. Cada quadro é um convite à descoberta, à conversa, ao orgulho de ser quem se é”, afirma Samuel.

 

A Associação dos Rimadores em movimento

Para a Associação, participar desse evento é fortalecer o compromisso com a arte enquanto ferramenta de transformação social, identidade e empoderamento negro. A presença no seminário é também um chamado à juventude, aos educadores e às instituições públicas: é hora de reconhecer e valorizar a cultura preta em sua diversidade de formas.

📍 Serviço:

XIII Seminário Municipal da Diversidade, Cultura Afro-Brasileira e Capoeira
🗓️ Data: 30 de maio de 2025
🕗 Horário: das 8h às 17h
📍 Local: Cenforpe – Av. Iraí, 696, Pinhais-PR
🎨 Exposição “Ecos da Liberdade” – com Samuel da Costa (Associação dos Rimadores)
🎟️ Entrada gratuita para educadores e inscritos

Acompanhe a Associação dos Rimadores nas redes sociais para ver registros da exposição, bastidores da montagem e conteúdos especiais sobre os homenageados.
Porque a liberdade ecoa onde a arte preta é respeitada.

Axé, cor e consciência.

Itaipu Binacional e Associação dos Rimadores

ITAIPU CONVIDA O HIP-HOP

A cultura Hip-Hop segue rompendo barreiras e conquistando espaços estratégicos no Brasil. Nesta semana, a Associação dos Rimadores firmou uma parceria histórica com a Itaipu Binacional, um dos maiores complexos hidrelétricos do mundo, reconhecido por seus investimentos em ações de sustentabilidade e inclusão social.

A união marca um novo momento para a cultura de rua no país: a arte do improviso agora entra pelas portas da educação, com apoio institucional de peso. A proposta é levar oficinas de rima, poesia, música e cidadania para escolas públicas da região, com foco principal em crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.

“Nosso objetivo é claro: afastar a juventude das biqueiras e aproximá-la do microfone, da arte, do conhecimento e da consciência“, afirmou Samuel da Costa, presidente da Associação durante evento de lançamento da campanha educativa sobre Mudanças Climáticas e a COP30.

A presença da entidade no evento, ao lado de instituições como o Governo Federal e a própria Itaipu, mostra o reconhecimento da linguagem urbana como ferramenta legítima de transformação social. E mais: coloca o Hip-Hop como aliado direto nas pautas ambientais e sociais, ajudando a construir pontes entre cultura e sustentabilidade.

Essa conquista é simbólica para os coletivos periféricos que há anos batalham por espaço e respeito. Com o apoio da Itaipu, as ações da Associação ganham fôlego, estrutura e alcance para impactar mais jovens, mais escolas e mais comunidades.

A batida da rima agora ecoa nos corredores da educação pública com o respaldo de uma das instituições mais respeitadas do país. E isso é só o começo.